O médico e empresário Douglas Castro foi conduzido à sede da Polícia Federal em Cuiabá depois de ter supostamente quebrado o próprio celular durante busca e apreensão da 4ª fase da Operação Curare, deflagrada nesta quinta-feira (20). A situação poderia ser enquadrada como tentativa de obstrução de Justiça. na5e
A assessoria de imprensa da PF informou apenas que houve um incidente durante o cumprimento do mandado judicial e que o alvo, sem identificar quem, foi levado à delegacia para avaliação do delegado sobre possível prisão em flagrante.
A PF apura desvios de cerca de R$ 3 milhões da Secretaria Municipal de Saúde, envolvendo crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-secretário-adjunto de Saúde Milton Correa da Costa Neto é um dos alvos dos mandados de busca e apreensão.
Os contratos investigados giram em torno da Family Medicina e Saúde, empresa da qual Milton Correa seria o principal dono.
De acordo com a PF, os desvios teriam sido utilizados para, entre outras coisas, comprar um avião Neiva EMB-711C. A aeronave é avaliada em cerca de R$ 240 mil, segundo anúncios na internet.
O avião comprado pelo grupo caiu em Poconé em um acidente aéreo em agosto de 2021. A vítima mais grave foi o médico George Melo, que acabou falecendo depois de ficar mais de um mês internado.
Em fases anteriores da Operação Curare, a Polícia Federal já havia identificado possíveis desvios envolvendo empresas em nome de Douglas Castro, como a "Douglas Castro - ME". Em um dos casos, essa empresa foi contratada para gerir Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19, mas a PF identificou que a sede era um local abandonado.
Com o aprofundamento das investigações, a PF apurou uma das empresas era controlada, através de interposta pessoa, pelo ex-secretário-adjunto Milton Correa.
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