A Operação Escama, deflagrada nesta terça-feira (14) pela Polícia Civil cumpre 11 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão contra envolvidos na venda de drogas em Sorriso, Sinop e Mirassol D’Oeste. n5o6y
Os cinco mandados de prisão e seis de buscas estão sendo cumpridos pelas equipes das Delegacias de Sorriso, Sinop, Araputanga, São José dos Quatro Marcos e Mirassol d’Oeste.
Segundo a polícia, o líder do grupo criminoso, responsável por negociar os entorpecentes com fornecedores de outras cidades, foi preso em uma operação da Polícia Civil, em novembro do ano ado. A partir de dados extraídos da Operação Xeque-Mate, a Delegacia de Sorriso chegou a informações que colocaram D.P.D.L. como líder da associação criminosa que chegou a negociar, em uma única transação, 200 quilos de cocaína.
Além disso, de acordo com a polícia, a associação criminosa estabeleceu valores altíssimos na revenda dos entorpecentes.
A investigação da Delegacia de Sorriso estabeleceu a ligação entre o grupo, liderado pelo preso da Xeque-Mate. Para a polícia, ele negociava no varejo as drogas fornecidas por, entre outros, um traficante de Mirassol d’Oeste, e depois reava os pedidos a outro traficante da cidade, responsável por fazer a transação no atacado.
Segundo o delegado responsável pela investigação, Bruno França, o líder do grupo reava os pedidos ao fornecedor e depois era ressarcido a título de comissão por quilograma de droga vendida. Ele se referia à pasta base de cocaína como ‘peixe amarelo’ e à cocaína pura como peixe pintado.
Em uma das negociações com o atacadista, ele diz que precisa de 120 quilos de cocaína para enviar ao Pará e ‘reclama’ que às vezes não consegue ‘suprir a demanda’ de seus clientes traficantes e pede a reserva de mais cocaína para distribuir e que pegaria o dinheiro de forma antecipada, como precaução.
A análise das informações permitiu ainda à equipe de investigação identificar um traficante do município de Mirassol d’Oeste, um dos fornecedores de drogas para o líder da associação criminosa de Sorriso. A investigação chegou ainda a informações sobre contas bancárias de terceiros que a liderança usava para ocultar o dinheiro recebido com o tráfico de drogas.
De acordo com o delegado, o investigado e líder do grupo se apresenta para população como um cidadão honesto, trabalhador e de poucas posses. Contudo, a investigação mostrou que trata-se de uma estratégia para não levantar suspeitas a respeito das atividades criminosas.
Além do tráfico de entorpecentes, o investigado também ou a fazer a receptação de joias oriundas do tráfico. A Polícia Civil apurou ainda que a intenção do grupo criminoso era abandonar o comércio de maconha e se dedicar, unicamente, à venda de pasta base de cocaína e de cocaína.
O nome da operação é uma referência a uma das gírias usadas para se referir à cocaína de alta qualidade, pela forma como a droga se esfarela ao ser manuseada, semelhante às escamas de peixe.
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