A Polícia Civil de Mato Grosso indiciou 140 criminosos investigados na 'Operação Alter Ego' por falsidade ideológica, tráfico de drogas e organização criminosa. Dos 70 criminosos presos durante a operação, todos permanecem detidos preventivamente até o momento. 4h6q1b
A operação foi deflagrada em 13 de dezembro do ano ado, em Primavera do Leste (a 244 km de Cuiabá). Na oportunidade, a operação cumpriu 244 ordens judiciais, sendo 100 de prisão e 144 de buscas e apreensões, como alvos em organização criminosa envolvida em crimes como tráfico de drogas, furtos, roubos e homicídios no município.
O líder da facção que comandava tudo e todos do grupo criminoso foi indiciado pelos crimes de falsidade ideológica, tráfico de drogas e por integrar organização criminosa. Um outro suspeito, acusado de ser um 'sub-chefe' do grupo, também foi indiciado por tráfico de drogas e por integrar organização criminosa, considerando que ambos apresentam a função de liderança na facção criminosa.
Os demais 138 investigados responderão pelos crimes de tráfico de drogas e integração de organização criminosa.
O material probatório reunido em nove meses de investigações apontou que o grupo criminoso contava também com a ação de dois advogados, que agiam como integrantes ativos na organização. Eles movimentavam e prestavam contas dos recursos financeiros das ações da facção, conforme as determinações do líder, que está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE).
Líder este que teve um mandado de busca na cela em que está detido na unidade prisional, na Capital, na última terça-feira (7), onde foram apreendidos dois celulares. De acordo com a Polícia Civil, esses aparelhos estes que eram utilizados para dar as ordens externas à facção.
A estrutura da organização era dividida em funções que incluíam os postos de gerentes, responsáveis por armazenar e distribuir entorpecentes para os pontos de vendas e ainda receber os pagamentos dos traficantes e de membros que integravam a facção.
Além do comércio de drogas, a organização ainda coagia comerciantes de Primavera do Leste ao pagamento da taxa de segurança, que era cobrada para que não sofressem furtos ou assaltos em seus estabelecimentos. Os comerciantes eram obrigados a pagar R$ 100 por mês à uma pessoa responsável em buscar o dinheiro.
Conforme relatos de um dos comerciantes, apenas um estabelecimento, localizado na área central de Primavera do Leste, não era cobrada a taxa, porque a organização criminosa não tinha esse tipo de ‘negócios’ no centro da cidade. Outros integrantes da organização ficavam responsáveis pela aplicação "castigo" determinados pelos líderes, como tortura física, execução de morte, prestação de serviço comunitário e ainda pagamento de cestas básicas.
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