A presidente da Comissão de Direito do Trabalho da OAB-MT, seccional de Sinop, a advogada Daline Bueno Fernandes, declarou que “notícias sobre fatos que envolvem sua pessoa tem cunho sensacionalista e não retratam a realidade” e ainda “por vezes, uma acusada, na realidade é a vítima”. A manifestação feita na noite desta segunda-feira (19) em sua rede social se refere ao episódio de violência em que esteve envolvida no último sábado (17). 5l83k
Com fotos de marcas de hematomas no rosto e pernas, além de capturas de tela de conversas com pessoa não identificada, a advogada expôs publicamente em seu perfil uma parte de sua versão dos fatos, já que não pode se manifestar completamente em razão do sigilo imposto sobre o processo que tramita na Justiça.
Em uma das capturas de tela da conversa, a advogada conversa com outra pessoa e diz que não se lembra de nada e que ficou “atordoada de tanta paulada que levou”. Em outro momento a pessoa diz: “A …. falava que nós [tinha] sorte se o marido dela estive [sic] lá ia matar a gente”. Em outro momento, a pessoa cita que a “deixou fugir do local” e Daline acrescenta “Se vocês não chegassem, eu ia estar morta”.
Daline também publicou texto em que alega que as notícias que circulam na mídia teriam cunho sensacionalista e “não retratam fielmente a realidade”. Ela ainda cita o período que possui na atuação como profissional do direito e que “jamais cometeria qualquer ato com a finalidade de desprestigiar a advocacia, a minha profissão”.
Além disso, afirma que os procedimentos judiciais tramitam no tempo estabelecido em lei, e “por vezes, uma acusada, na realidade, é a vítima” e que os fatos que a envolvem serão devidamente esclarecidos e sua inocência será demonstrada.
Confira texto na íntegra:
“Digo a todos que as notícias que circularam sobre fatos me envolvendo têm cunho sensacionalista e não retrataram fielmente a realidade. Por vezes, notícias são espalhadas de maneira precipitada e equivocada, cujas informações têm como base apenas uma versão, muitas vezes com finalidade de desvirtuar a verdade, e como dito, de maneira sensacionalista.
Sou advogada há quase 15 anos, sempre agi de forma digna, honesta, atuo de forma responsável, de acordo com os preceitos éticos, cumprindo rigorosamente meu dever. Amiúde, me doei e trabalhei voluntariamente em prol da minha profissão e da classe desde o início da minha carreira profissional, de modo que jamais cometeria qualquer ato com a finalidade de desprestigiar a advocacia, a minha profissão.
Os procedimentos judiciais tramitam no tempo estabelecido em lei, e por vezes, uma acusada, na realidade, é a vítima. Os fatos que envolvem minha pessoa serão devidamente esclarecidos, a verdade será restabelecida, e minha inocência será devidamente demonstrada.
O procedimento está em segredo de justiça, mas esclareço que todas as medidas judiciais cabíveis serão adotadas.
Estou bem, sou arrimo da minha família, meus filhos estão bem, cheguei em casa ontem e todos estão tranquilos porque conhecem a mãe que tem, e isso para mim é o mais importante.
Também é muito bom saber que os que me conhecem, os que convivem comigo e os que já aram em minha vida sempre souberam da verdade. Nesta hora, além da fé na justiça divina, tenho fé na nossa justiça, e tenho a certeza que o tempo é o senhor da razão.”
O caso
Conforme noticiado, tornou-se público no último fim de semana um caso de agressão envolvendo uma jovem de 24 anos que registrou boletim de ocorrências por ser agredida e ameaçada de morte na manhã de sábado (17) no bairro Jardim Paraíso, no município de Sinop (500 km de Cuiabá). Ela afirma que teve sua residência invadida por um casal, sendo eles um homem de 39 anos e uma mulher de 36, no caso, a advogada Daline Bueno Fernandes, presidente da Comissão de Direito do Trabalho da OAB-MT, seccional de Sinop.
No boletim de ocorrências, a vítima L., 24, relatou que a advogada invadiu sua casa com xingamentos e partiu para agressões. Conforme a vítima, suas duas irmãs, uma de 29 e outra de 26 anos tentaram conter as agressões, mas foram seguradas pelo homem e também agredidas. A advogada e o homem foram detidos posteriormente e encaminhados à delegacia, ando por audiência de custódia no domingo e liberados após pagamento de fiança no valor R$ 5.054,94 cada um, totalizando R$ 10.109,88.
Em nota pública, a 6ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT) informou que tomou conhecimento dos fatos e as duas envolvidas no caso são advogadas e não estavam no exercício profissional. O presidente da subseção, Dr. Reginaldo Monteiro de Oliveira, acompanhou a audiência de custódia e cita que a instituição está atenta as investigações.