A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá concluiu, nesta sexta-feira (29), o inquérito da “Operação Piraim”, deflagrada no dia 20 de setembro. A polícia indiciou sete membros da “gangue do chicote” pelo crime de extorsão qualificada. O grupo é investigado por sequestrar e torturar um comerciante em maio deste ano, na Capital. Imagens das chicotadas se propagaram pelo país e as agressões foram gravadas pelos próprios criminosos e expostas na internet. 5s4n56
As prisões preventivas dos credores e cobradores investigados pela Derf foram deferidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá. Bruno Rossi e Rafael Geon foram presos no dia da operação. Já o suspeito Sérgio da Silva Cordeiro, um dos foragidos, apresentou-se na delegacia na última segunda-feira. Outro investigado foi identificado no curso da operação e indiciado.
Três indiciados ainda são procurados pela Polícia Civil: José Augusto de Figueiredo Ferreira, Benedito Luiz Figueiredo de Campos e Guilherme Augusto Ribeiro.
Denúncias que possam levar ao paradeiro dos foragidos podem ser feitas ao número 197, com sigilo garantido.
Segundo o delegado Guilherme Bertolli, os criminosos emprestavam dinheiro e, quando os “clientes” apresentavam dificuldade para realizar os pagamentos, contratavam os torturadores. Em depoimento, um dos presos disse que apenas contratava os serviços dos “cobradores” e não conhecia o modus operandi.
“Só que esses dois presos que contrataram estavam no momento da gravação do vídeo, no momento em que a vítima era subjugada e torturada. Eles mentiram”, pontuou o delegado.
A investigação teve início após a divulgação de um vídeo gravado na Avenida Miguel Sutil, em que uma vítima agredida com chicotadas.
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