Com diversos ataques e ameaças contra escolas noticiado diariamente, muitos adolescentes e pais temem a sala de aula. Alta demanda de informação que os jovens recebem diariamente pelo telefone. o livre ao telefone e alto volume de informações recebidas diariamente são pontos que acentuam o sentimento de pânico em torno da comunidade escolar. 5y4d6e
A psicóloga e neuropsicóloga Carla Martha Jakel salientou a importância de se manter a calma neste momento e também a como proceder com os filhos diante de relatos de violência, grande parte deles que não são verídicos, mas que provocam terror.
A especialista conta que mesmo que os adolescentes não tenham o direto às redes, as informações vão chegar pelos colegas. É importante que os pais saibam como tratar esse assunto com eles.
“As escolas e os pais precisam pontuar que existe, sim, uma violência social, mas que naquele ambiente eles estão cercados de adultos. Que essas pessoas estão tomando medidas cabíveis e protetivas para que eles fiquem bem e protegidos. Cabe aos adultos, sejam pais ou professores, ampliarem a compreensão daquilo que ocorreu, explicar os fatos e, claro, evitar maximizar ou trazer conteúdos que traga mais mobilização emocional para essas crianças, que já estão fragilizadas”, explica.
Ela enfatiza que os pais precisam ser compreensivos com os filhos sobre o que está acontecendo e não mentir ou tentar minimizar os fatos.
“Os pais não podem negar os fatos que aconteceram, porque a criança vai saber o que está acontecendo, e que os pais estão mentindo para ela”, pontua.
Além disso, é necessário que os adolescentes percebam que os adultos estão acolhendo seus medos diante do cenário de violência que se desenha.
“Os pais precisam estar atentos principalmente aos sinais em crianças que estão assustadas, com medo, mais apreensivas, e ouvir muito seus filhos. Conversar principalmente sobre como essas informações chegaram para ela”, explica. “As escolas geralmente possuem programas que trabalham sentimento e emoções. Para que as criança possam expressar como elas lidam com os medos, com as impressões daquilo que elas ouviram", completa.
A neuropsicóloga reforça que o uso sem monitoramento das redes sociais pelos adolescentes pode gerar o isolamento social e deixar a criança ainda mais exposta à desinformação.
“O primeiro ponto que a gente nota quando a criança está muito entretida nas redes é o isolamento social. Então, quando ela começa a se distanciar das pessoas e entende que o espaço das redes sociais é muito mais interessante que o espaço em família ou amigos é um sinal que essa criança está se isolando. Pensando em um adolescente em desenvolvimento, o funcionamento cerebral deles não está totalmente formado, assim ficam suscetíveis a várias informações que chegam para eles. Hoje existem dispositivos e aplicativos que podem controlar esse uso”, conta.
“Permitir que a criança tenha o a qualquer informação, sem que os pais o monitorem, faz com que eles fiquem mais suscetíveis a desinformação e a qualquer tipo de comportamento”, explica.
Na última semana menores foram identificados e apreendidos por provocarem caos e tumulto ao usarem as redes para propagar ameaça às escolas. Entre os "suspeitos" estava um menino de 10 anos, que itiu a criação de um perfil falso para publicação do conteúdo ameaçador.
“É importante que os pais fiquem próximos aos filhos, não só acolhendo os medos, mas acolhendo como a criança está no desenvolvimento escolar. O monitoramento é importante para que ele não crie um perfil fake ou provoque uma situação dessas. Olhar o que os filhos levam para a escola, de que maneira, se ele está se isolando ou tendo comportamentos estranhos, são alerta aos pais”, destaca.
A compreensão e o diálogo são peças-chaves para os pais que sentem seus filhos muito imersos nas redes. Essa proximidade pode evitar situações ruins, além de mostrar que não existe só o mundo dentro das telas.
“Criar um espaço de diálogo com a criança é muito importante para descobrir o que a criança está pensando para tomar uma ação como essa, o que está acontecendo na escola, esse acolhimento vindo dos pais é essencial”, finaliza.
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