Depois de matar a ex-namorada Thays Machado,44, e o atual namorado dela, Willian Moreno, 30, Carlos Alberto Bezerra alegou arrependimento e disse que agiu por conta de uma neuropatia decorrente da diabetes. Mas amigos e familiares da vítima relataram que o acusado sempre foi extremente ciumento durante relacionamento com a vítima. 36n6e
De acordo com um dos depoimentos dados à polícia, o ciúme dele era tamanho que uma das formas de controlar a vítima era ligar para a namorada por meio de chamada de vídeo para saber onde ela estava e com quem estava. O episódio se repetiu várias vezes, como também confirmou o irmão de Thays, Thiago Machado, em depoimento.
Na delegacia de Campo Verde, o irmão da servidora contou aos investigadores Thays já tinha relatado medo do então convivente. Segundo o relato, ele era ciumento e ficava agressivo, chegando a arrombar a porta do apartamento da vítima.
"Ela confidenciou algumas vezes ter muito medo do Carlos Alberto, ela dizia que ele era extremamente ciumento e agressivo, ligava de vídeo sempre que ela saía e já chegou arrombar a porta de seu apartamento, quando terminaram ele também a perseguia, insistindo para retomar a relação", pontuou.
Em coletiva de imprensa, o delegado responsável pelo caso, Marcel Gomes, contou que um dos episódio de ciúmes aconteceu durante o trabalho de Thays, que era servidora do Tribunal de Justiça. Ele foi até o local e ameçou um dos colegas de trabalho dela.
O caso foi registrado em 2020. O homem agredido registrou um boletim de ocorrência para denunciar Carlos, que alegou não ter feito nenhuma ameaça contra ele. Como todo relacionamento abusivo, o de Carlos e Thays foi marcado "idas e vindas'". O último término entre eles aconteceu há pouco mais de um mês.
Thays Machado era advogada e professora de Direito do Trabalho em universidade particular de Cuiabá. Ela também estava no quadro de servidores comissionados do Tribunal de Justiça, lotada a 2ª Vara da Fazenda Pública do fórum de Várzea Grande.
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