Juiz da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Jean Garcia de Freitas Bezerra negou os pedidos de revogação das prisões preventivas de Filipe Antonio Bruschi, Benedito Max Garcia, Luelson Leandro Curvo e Mayara Bruno Soares Trombim, alvos da Operação Mandatários, deflagrada em janeiro de 2022 contra membros da facção criminosa Comando Vermelho que fazem parte do núcleo contábil e financeiro. 156wf
A operação foi uma atuação conjunta da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Sistema Penitenciário e Polícia Rodoviária Federal, no âmbito da Força-Tarefa de Segurança Pública (FTSP-MT).
Ao todo, foram sequestrados 15 veículos, sete imóveis, além de 10 ordens de bloqueio de contas bancárias e de investimentos totalizando um valor estimado em cerca de R$ 10 milhões de reais. Os suspeitos ocupavam as funções de coleta e distribuição de valores.
As defesas de Filipe, Benedito, Luelson e Mayara pediram a revogação das prisões alegando excesso de prazo para a formação da culpa, já que sequer foi iniciada a instrução processual, estando todos eles detidos há aproximadamente um ano. O juiz, no entanto, entendeu que o prazo é razoável.
“Os prazos processuais, em regra, devem ser encarados sob a ótica do proporcional e do razoável, levando-se em conta o número de réus, a complexidade do feito, a pluralidade dos fatos delituosos, a dificuldade em se encontrar e citar os acusados, entre outros. Sobreleva anotar que se cuida de feito complexo, decorrente de uma pluralidade de fatos criminosos e que conta sete réus representados por defesas distintas, o que por si só tende a naturalmente tornar mais lenta a marcha processual”.
O magistrado também considerou que a prisão preventiva deve ser mantida para fazer cessar a prática criminosa, pois os suspeitos seriam membros do Comando Vermelho, organização que está em plena atuação em Mato Grosso, “sendo a custódia de seus membros medida indispensável como garantia da ordem pública”. Com base nisso ele manteve as prisões.
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