Máquinas, armas e cerca de mil munições foram apreendidas pela Polícia Federal durante uma operação para combater extração de ouro em um garimpo ilegal, entre os municípios de Em Pontes e Lacerda e Conquista D´Oeste, respectivamente, no interior da Terra Indígena Sararé. i6g5h
A ação realizada em parceria com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), entre quinta-feira (08/05) e sexta-feira (09/05), também resultou na destruição de uma escavadeira hidráulica, mas so agora divulgado o resultado da operação para imprensa.
Entre os materiais apreendidos, estão:
- 1 fuzil, calibre 556
- 1 fuzil, calibre 300 blackout
- 2 escopetas, calibre 12
- 1 pistola, calibre 45
- 1 revólver, calibre 38
- Munições de calibre 12
- Munições de calibre 9mm
- Munições de calibre 556
- Munições de calibre 300 blackout
- Escavadeiras hidráulicas que foram encaminhadas para prefeituras de municípios vizinhos.
A investigação busca identificar os financiadores das atividades ilegais presenciadas pela Polícia Federal.
Essa é a terceira vez que a polícia combate o garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, neste ano.Em março, imagens aéreas registradas durante a Operação Rondon revelaram a destruição ambiental. O território, que abriga o povo Nambikwara, foi transformado em um verdadeiro pântano de lama devido à ação do garimpo ilegal
Nos últimos anos, a Terra Indígena Sararétem sido alvo de uma intensificação das atividades garimpeiras, que ameaçam não apenas a integridade do meio ambiente, mas também a saúde e os modos de vida das comunidades indígenas locais.
Na região, a Polícia Federal realizou várias fases da operação para desativação de garimpo ilegal. A primeira foi em maio de 2020, quando policiais desocuparam um garimpo ilegal de ouro na região. Porém, após a saída das equipes, os garimpeiros invadiram o local novamente.
A segunda etapa foi deflagrada em março de 2021 e apreendeu instrumentos usados na exploração clandestina. A desocupação foi determinada pela Justiça de Cáceres, e foi realizada por 50 policiais federais e mais de 100 militares do Exército Brasileiro.