Considerada uma das "laranjas" de esquema de compra e venda ilegal de mercúrio identificado pela Polícia Federal e pelo Ibama, Jhenyfer Silva Torres fechou um acordo de não persecução penal (ANPP) com o Ministério Público Federal (MPF). Jhenyfer vai devolver R$ 5,2 mil por sua participação nos crimes investigados na Operação Hermes (Hg). 3t443v
O acordo foi assinado em maio e encaminhado à 1ª Vara Federal de Campinas. A juíza Raquel Coelho Dal Rio Silveira determinou, em 21 de junho, a abertura de um procedimento específico para o ANPP no qual deve homologar o acordo.
Segundo documento, assinado pelo procurador da República Ricardo Perin Nardi e ao qual o Midiajur teve o, a "laranja" vai pagar R$ 5.280,00, correspondente a quatro salários-mínimos, em 20 parcelas mensais de R$ 264,00. O dinheiro será destinado ao Fundo de Defesa dos Direitos Difusos do MPF. Caso não seja feita a comprovação dos pagamentos, o MPF vai dar seguimento à ação penal.
Segundo o MPF, os crimes cometidos por Jhenyfer somam penas mínimas, caso houvesse possível condenação, em menos de quatro anos de prisão, ainda que somadas. Para que acordo fosse firmado, foi necessário que ela confessasse "formal e circunstancialmente a prática do delito" e indicasse provas de sua participação.
A mulher consta como proprietária da empresa J.S. Torres, que segundo a denúncia do MPF era utilizada como empresa de fachada para o comércio ilegal de mercúrio conduzido pelos integrantes do Grupo Veggi, em especial pessas da família de mesmo nome.
Correios. A PF foi até o indicado como sede da empresa em novembro de 2021, mas o número não existia na rua.
A suposta dona da empresa tem 28 anos e é moradora de Cuiabá, a mais de 700 km distância da suposta sede da empresa. Além disso, ela é beneficiária do Bolsa Família, "fato esse incompatível com a movimentação da pessoa jurídica", segundo o MPF, que aponta que o esquema teria causado um rombo de R$ 1,1 bilhão aos cofres públicos.
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